De polo a polo 06 – Salar de Uyuni
De polo a polo 06 – Salar de Uyuni
Depois de La Paz, e da descida da estrada da Morte, minha viagem continua para o Altiplano Boliviano. O destino é o Salar de Uyuni, um local único no mundo. Centenas de quilômetros quadrados de uma planície salgada, que tira nossa referência de tamanho, distância e proporção.
Você tem três opções para ir a Uyuni saindo de La Paz, Ônibus, trem e avião. Embora eu não tenha a pretensão de ser um blog de viagem cheio de recomendações e preços de hotéis e passagens, não posso deixar de alertar a você que lê esta postagem sobre essas opções. De ônibus, você tem a opção do ruim e do “mais pior”. O ruim é o ônibus turístico que tem um pouco mais de conforto, oferece alimentação mas leva as mesmas dez ou doze horas pelas estradas nada suaves da Bolívia. O “mais pior” é o ônibus regular com conforto zero. O preço deste último era 80 Bolivianos (BS) e do primeiro 230 na época que estive lá. O câmbio arredondado era 1 real para 3 Bolivianos.
A segunda opção é combinar trem e ônibus. De La Paz até Oruro de ônibus (4 horas) e de Oruro para Uyuni de trem. (7 horas). Esta é uma opção interessante pela diversidade de paisagens que se vê.
A terceira opção é usar avião. Através da empresa Amaszonas (é isso mesmo, não está escrito errado) você leva uma hora de La Paz até Uyuni, tem uma vista espetacular do Salar e economiza tempo, suas costas e outras partes do corpo. O preço de um trecho é aproximadamente US$ 140.
Uyuni é uma vila com boa parte das ruas de terra e ponto de partida para as excursões em jipes 4×4 pelo salar e altiplano boliviano, ou para Potosi, conhecida por suas minas de prata e que fica a 240Km e seis horas de sacolejos.
As acomodações na cidade são espartanas e focadas nos mochileiros. Dezenas de albergues são encontrados na cidade e alguns poucos hotéis de 2 ou, sendo muito generoso, 3 estrelas.
A maioria dos visitantes chega num dia, dorme e parte para as viagens pelo altiplano que normalmente duram 3 ou 4 dias retornando para Uyuni ou então continuando para o deserto do Atacama no Chile.
Na vila de Uyuni você não tem muito o que ver, ou fazer. Uma visita a estação de trem, ou um passeio pelas principais avenidas da cidade irão mostrar o quanto a ferrovia foi importante para esta região.
As cores monotonicas das ruas vez ou outra são quebradas por um grafite, ou por algumas poucas contruções como a igreja da cidade.
A vida tem o seu cotidiano no camelo, nas crianças indo para a escola, e no “agito” da rua da estação com os 4×4 que vão e vem durante o dia.
A noite uma pizza parece ser a melhor pedida para o jantar. Eu cheguei num voo bem cedo e antes das 8 estava no hotel. Aproveitei a manhã para contratar o tour que eu faria nos dias seguintes.
Na avenida Ferroviária, que fica em frente à estação de trens estão concentradas as maiorias das agências de viagem. Ali você deve entrar em todas para perguntar o preço, que pode variar de 700 a 1200 bolivianos. O preço vai depender da estação, e da sua cara, sim você será analisado e vão te dar um preço de acordo com o que quiserem.
Consegui um lugar para o dia seguinte e passei o resto da manhã fotografando pela vila.
Almocei tarde e voltei para o hotel para fazer o backup das fotos e ajeitar tudo na minha mochila, já que deixaria minhas mala no hotel, para onde eu retornaria dentro de três dias.
Terminei a noite com uma pizza e de volta para o hotel onde eu sairia as 8h da manhã para me juntar aos companheiros dessa viagem que só conheceria na hora do embarque.
até lá!
About the Author
Ramalho José Antonio Ramalho, escreveu 120 livros sobre tecnologia, fotografia, mitologia grega para crianças e viagens. Foi co-apresentador da 4 temporada do programa 50x1 da Rede Record. Seus livros já foram traduzidos para diversos idiomas.
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