Published on September 9th, 2013 | by Ramalho
2De Polo a Polo – 03 Descendo as encostas do vulcão Cotopaxi
No vídeo ao final da postagem você verá este local em detalhe, juntamente com as emoções de descer a enconta de um vulcão, o Cotopaxi.
Depois de conhecer o centro histórico de Quito, fui conhecer, a metade do mundo, literalmente. Distante 30 Km do centro da capital equatoriana fica a vila de Mitad del Mundo. Lá é o local que recebeu a latitude zero, como já comentei em postagem anterior.
Quando a expedição francesa determinou a posição, em meados do século XVII, não existiam instrumentos digitais, tudo era feito com base nas estrelas e posição do sol. Nesse local, na década de 1970 foi erguido um parque e um grande monumento para marcar este importante descobrimento.
Pois bem, 300 anos depois, com a invenção do GPS, a linha do equador foi encontra 200 metros ao norte de onde foi erguido o monumento para comemorar o feito.
O melhor é visitar os dois lugares. Existem tours que saem todos os dias e que custam de 20 a 30 dólares, partindo de quase todos os hotéis da capital.
Depois dessa visita, que marcou o início da minha jornada de polo a polo, me preparei para o dia seguinte. Resolvi fazer uma das coisas que mais gosto, andar de bicicleta, e descer as encontas do vulcão Cotopaxi. Existem várias empresas em Quito que fazem um tour de dia inteiro e que te levam para um altidude de aproximadamente 4.700m para que você inicie uma descida de bike. O vulcão tem quase 5.900 m, mas só dá para chegar lá a pé.
Mesmo sendo descida, a jornada é cansativa devido à altitude.
Na foto anterior você pode ver o vale ao fundo, que fica mais de mil metros abaixo de onde começou a pedalada.
A descida pela estrada de terra parecia simples, mas reservava perigos ao longo do percurso. Tratores fazendo a manutenção da pista e o piso que alternava entre duro e fofo eram uma ameaça constante, isso sem falar das pedras soltas.
Terminada a descida mais íngrime, ao chegar no vale, a viagem continuava só que agora quase plana. tinhamos que continuar a descer, mas num terreno que hora era plano, hora subia e de vez em quando apresentava alguma ladeira.
Estava num patamar de 3.500m, só que nessa altitude qualqer subidinha vira uma grande ladeira. Antes de chegarmos ao primeiro ponto de parada uma moça que pedalava no grupo de 4 pessoas que descia comigo a encosta, perdeu o controle da bike, no plano, e acabou caindo, mas sem grandes complicações.
Uma hora depois de começar a descida paramos ao lado de um riacho para descansar.
Mais uma hora de pedalada e teríamos direito a almoçar macarrão com atum, trazido pelo nosso motorista e guia.
O almoço foi feito ao lado de uma cabana abandonada onde encontramos um grupo de europeus que faziam uma trilha na garupa de seus cavalos. Depois de almoçar continuamos a pedalada até uma das entradas do parque. Ali tinhamos a opção de parar de pedalar ou prosseguir por mais 5 quilômetros. Optei por parar. Embora não estivesse cansado, o céu prometia chuva para breve.
Não deu outra, 10 minutos depois os dois que continuaram a pedalar se encharcaram com a chuva gelada. Da entrada do parque levo a recordação de uma planta que parecia ter sido pintada de branco por um pintor abilidoso, mas essa era sua cor natural. muito linda.
Ao final do dia chegamos a Quito e eu fui deitar cedo, pois teria que acordar as 4 da manhã para pegar meu voo cedinho para La Paz que vocês vão conhecer no próximo post.
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