Hoje à noite embarco para Paris a bordo do voo AC88O da Air Canada as 19:40 com destino a Paris. A chegada será as 8:45 do dia seguinte, exatamente 7:05 horas depois da partida.
Vou passar meu tempo revendo as fotos que fiz durante o dia, assistindo pelo menos dois filmes e descansando para o início da fase européia da volta ao mundo.
Sete Horas!
Quase nada. Isso me fez pensar sobre os desafios das primeiras travessias oceânicas e minha curiosidade, fica aqui compartilhada com alguns fatos marcantes da sempre fascinante busca pela velocidade.
1919
A primeira travessia sem escalas do Atlântico norte feita por um avião aconteceu em entre 15 e 16 de junho 1919. Os aviadores britânicos John Alcock e Arthur Whitten Brown, voaram o trecho de 3.100 quilometros entre a cidade de St John na provincia de Newfowndland até Clifden na Irlanda em 16 hr., 12 min. a bordo de um bombardeiro da Primeira Guerra, um Vickers-Vimy
1930
A travessia aérea do Atlântico era o máximo para os viajantes, que tinham como opção a travessia com navios de cruzeiro que levavam em média 5 ou seis dias. O dirigíveis alemães Graf Zeppelin e Hindenburg surgiram como falcões alados que reduziam o tempo de travessia para três ou até mesmo dois dias. Em função dos ventos, e isso vale até hoje para os aviões, a travessia para a Europa era mais rapida ocorrendo entre 43 e 58 horas e o inverso entre 53 e 90 horas.
A era dos Dirigíveis terminou com o terrivel acidente do Hindenburg em 1937.
1938
O primeiro voo comercial entre o continente europeu e Nova York aconteceu com um avião da Lufthansa que decolou de Berlim e fez o percurso de 6.000 quilômetros em 25 horas iniciando uma nova era da aviação comercial.
1945
Com aviões cada vez mais confiáveis como o Douglas DC-4 era possível atravessar entre Nova York e a inglaterra em apenas 14 horas.
1958
A era dos jatos. Dois jatos Comet partiram em cada direção Nova York – Londres. O que foi de Nova york levou 6 horas e o outro um pouco mais de dez horas.
Desde então, a travessia se manteve no patamar de seis a 8 horas, dependendo do local na Europa mesmo com os aviões tendo aumentado sua velocidade média.
1973
O Concorde baixou o tempo da travessia para meras 3,30 horas, mas a alegria dos abastados viajantes durou de 1976 a 2003 devido aos altos custos operacionais.